03.03.2021
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Atravessando em segurança

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Em regiões isoladas, as passagens em nível também precisam funcionar de modo confiável.

Ao desenvolver uma nova solução de passagem em nível para a John Holland, a RCS implementou o Frauscher Advanced Counter FAdC e o protocolo FSE.

Os circuitos de via continuam sendo utilizados para muitas aplicações no setor ferroviário – isso também vale para a Austrália. Aqui foram implementadas soluções para passagens em nível, por exemplo, com circuitos de corrente contínua operados com energia solar. Depois essas soluções continuaram sendo otimizadas por meio da sobreposição com circuitos de via de audiofrequência, antes de as primeiras soluções de contagem de eixos serem também combinadas com essas abordagens. Uma série de inovadoras soluções de passagem em nível foi desenvolvida com base em circuitos de via. Mas certos desafios permaneciam sem uma solução satisfatória, como a questão dos fracos contatos entre os eletrônicos das rodas e dos trilhos.

A experiência mostra o caminho

Para atender a essas exigências, desenvolveram-se várias concepções. Mas então a eficiência de custo foi visivelmente prejudicada. Por isso a John Holland definiu critérios para o desenvolvimento de outras abordagens: alta eficiência e baixos custos eram alguns dos elementos-chave. Flexibilidade também era um aspecto exigido para que se pudesse implementar tanto arquiteturas centralizadas quanto arquiteturas descentralizadas. Pontos de ligação adicionais deveriam poder ser conectados tanto por meio de cabos quanto por meio de conexões de rádio, sem que a estrutura do controle das passagens em nível em si precisasse ser alterada por meio de outras intervenções.

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O protocolo FSE auxilia na solução de passagem em nível da RCS.

  • Redução da complexidade do sistema
  • Economias financeiras com menor demanda de hardware
  • Programações específicas possíveis no controle

Componentes viram soluções

O integrador de sistema Rail Control Systems Australia (RCS) tratou dessas exigências ao desenvolver uma solução de passagem em nível correspondente. Depois de avaliar diversas possibilidades, a RCS resolveu integrar o Frauscher Advanced Counter FAdC em seu sistema. Pois as características desse contador de eixos satisfaziam perfeitamente os critérios da John Holland. A interface de software do contador de eixos deveria ser a chave para a implementação de uma solução econômica e eficiente. A integração simples e as possibilidades de implementação de inovadoras arquiteturas de sistema trouxeram outras vantagens para o projeto.

A solução de passagem em nível desenvolvida pela RCS atende aos critérios estabelecidos na diretriz CENELEC SIL 4. John Holland decidiu continuar testando o sistema. Por isso, em outubro de 2016, a RCS e a Frauscher obtiveram a oportunidade de instalar um sistema de teste na New South Wales Country Regional Network (CRN) em Bathurst. John Holland gerencia essa rede para o governo de New South Wales, departamento Transport for New South Wales (TfNSW).

Interfaces de software economizam dinheiro

Na solução de passagem em nível instalada no sistema de teste, utiliza-se um controlador lógico programável (PLC) do tipo HIMA F35, permitido pela diretriz CENELEC SIL 4. A comunicação entre o contador de eixos e o PLC ocorre por meio do protocolo de software Frauscher Safe Ethernet FSE.

"Além de reduzir a complexidade do sistema, a utilização desse protocolo possibilita uma série de economias financeiras, pois diminui a necessidade de cabeamento e hardware", diz Stewart Rendell da John Holland. O especialista explica as vantagens detalhadamente: "Além do aviso de via livre/ocupada, relevante à segurança, também é possível transmitir informações de direção e velocidade ou dados de diagnóstico ao PLC. Para a realização de trabalhos de diagnóstico de menor porte, é possível acessar esses dados por meio de um PC no próprio local. Quando é necessária uma análise mais precisa, o Frauscher Diagnostic System FDS também possibilita um acesso a partir de outras localizações. Além disso, o protocolo FSE permite a implementação de programações específicas no controle HIMA para que se possa considerar, por exemplo, os assim chamados veículos Hi-Rail. Esses veículos são colocados na via ou retirados da via no entorno de passagens em nível. Graças à programação especial, esse processo não provoca nenhum aviso de erro no contador de eixos."

Definição de padrões

As séries de testes realizadas no sistema de teste deram resultados absolutamente positivos. A solução criada com base no FAdC com interface FSE tem o potencial de definir novos padrões para as aplicações voltadas às passagens em nível na Austrália. A combinação de um protocolo de software específico para o setor ferroviário e uma interface de software no contador de eixos possibilita um processo de comunicação simples com o controle HIMA e também uma conexão simples de outros pontos de ligação via wi-fi. E o mesmo protocolo pode ser utilizado, de modo que cabeamentos adicionais ou alterações na arquitetura são desnecessários.

Além disso, o FAdC oferece duas inteligentes funções para o tratamento de falhas e influências inesperadas. Essas funções são disponibilizadas sem custos adicionais. Supervisor Track Sections STS garante que uma passagem em nível possa continuar sendo operada com segurança mesmo no caso de uma falha constante em um trecho de indicação de via livre. Por meio de Counting Head Control CHC é possível suprimir atenuações provocadas por objetos de metal estranhos ao trem, por exemplo. Assim essas funções aumentam a disponibilidade do sistema e, ao mesmo tempo, minimizam a necessidade de resets – o que representa uma grande vantagem especialmente em regiões isoladas.

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